Segundo o artigo abaixo, após sua Ascenção, Issa, ou Yuz Assaf, foi morar na Índia, onde passou sua juventude. Lá casou e deixou descendência.
Ele morreu aos 80 anos e foi enterrado na Caxemira. Ficou conhecido como santo Issa.
Os Anos Misteriosos de Jesus
Os Anos Misteriosos de Jesus, o CRISTO
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
Os Anos Misteriosos de Jesus Cristo, ele é idolatrado por milhões como o mais importante Cristo do Ocidente – “O ungido com o Espírito” – e da história.
Philippe Piet Van Putten e Gilberto Schoereder
Hoje em dia, cerca de pouco mais de um bilhão de pessoas acreditam sem a menor parcela de dúvida que Jesus ou Yeshu’a, em aramaico, foi uma legítima manifestação da divindade entre os homens, venerado por místicos e religiosos como um exemplo das maiores e melhores virtudes do homem.
Os cristãos normalmente o qualificam como o messias salvador e algumas correntes sustentam que ele voltará ao mundo na transição para o terceiro milênio com o propósito de conduzir os justos a uma nova era de paz, amor e fraternidade (Cristo/Krishna voltará novamente).
Todavia, apesar de sua vida e obra terem sido descritas no Novo Testamento, os estudiosos da vida de Cristo têm se deparado com várias interrogações. Por exemplo, onde ele teria obtido sua educação? Onde teria passado sua adolescência? Por não apresentar nenhuma referência sobre sua vida dos 12 aos 30 anos, a Bíblia abriu espaço para uma série de especulações e pesquisas históricas, algumas sérias e muito bem fundamentadas.
A grande controvérsia começou, na verdade, em 1894, quando o historiador russo Nicolas Notovitch publicou The Unknown Life of Jesus (A Vida Desconhecida de Jesus). Notovitch dizia que, durante sua viagem por Ladakh, Pequeno Tibete, em 1887, encontrou um antigo manuscrito no mosteiro Hemis (ou Himis), no qual havia referências explícitas sobre a passagem de Jesus pela região, onde ficou conhecido como Issa. O manuscrito era intitulado A Vida de Santo Issa: O Melhor dos Filhos dos Homens.
Isso bastou para causar um rebuliço entre historiadores, teólogos e pesquisadores, cada qual defendendo energicamente seus pontos de vista e, quase sempre, classificando a obra de Notovitch como pura ficção. Em alguns casos, o russo chegou a ser acusado de fraude por jamais ter viajado a Ladakh.
A crítica que mais pesou contra ele veio do professor de línguas européias modernas e filologia comparativa da Universidade de Oxford, F. Max Müller, o mais famoso “erudito” orientalista da época e editor crítico da escritura indiana Rig Veda.
Controvérsia Interminável
Para provar que Notovitch inventara o texto sobre Jesus, alguns pesquisadores chegaram a viajar até Ladakh, como foi o caso do professor do Government College, em Agra, Índia, J. Archibald Douglas. Em Himis, o lama do mosteiro lhe afirmou não ter conhecimento de que Notovitch estivera ali ou da existência de qualquer documento sobre a passagem de Jesus pelo Tibete e Índia.
Posteriormente, outros viajantes obtiveram declarações exatamente opostas, confirmando a narrativa do historiador russo, o que jogou a questão em um verdadeiro limbo. A névoa começou a ser ligeiramente afastada em 1922, através de Mestre Abhedananda, um erudito de Calcutá, discípulo de Ramakrishna e profundo conhecedor de inglês, sânscrito, das literaturas oriental e ocidental, além de amigo pessoal de F. Max Müller.
Nesse ano, Abhedananda fez uma viagem de Cachemira ao Tibete e registrou sua jornada na obra Kashmir O Tibbate, onde diz que ouviu dos próprios lamas que a história de Notovitch era verdadeira. Mais que isso, ele afirma ter visto pessoalmente o antigo manuscrito sobre Issa, traduzido com a ajuda de um lama. O livro com o relato e a tradução foi publicado em 1929, e se torna ainda mais interessante se considerarmos que Abhedananda tinha reservas quanto à veracidade da história de Notovitch.
Outra fonte que confirma a passagem de Jesus pelo Tibete também surgiu em 1929, na obra de outro russo, Nicholas Roerich. Ele era um dos cientistas e estudiosos mais respeitados do mundo na época, reunindo inúmeros talentos, o de arqueólogo, antropólogo, diplomata, poeta, místico, pintor e um explorador dos mais conhecidos. Roerich realizou uma expedição à região de Ladakh – entre outras – que durou de 1924 a 1928 e resultou numa série de livros, inclusive o diário de viagem Altai-Himalaia (1929) – repleto de referências à permanência de Jesus Cristo em Cachemira – e Heart of Asia (1929), onde apresenta reflexões sobre a disseminação desse fato por toda a região.
Roerich também diz que viu pessoalmente uma série de documentos dos lamas com textos referentes à passagem de Issa pela região. Ao contrário de outras pessoas que visitaram Ladakh e o mosteiro Himis, Roerich não dependeu de um lama para a tradução dos manuscritos, já que seu filho, George Roerich, também na expedição, falava vários dialetos tibetanos e era especialista em documentos antigos.
Mas então, misteriosamente, os tão comentados documentos desapareceram. Mestre Pajnananda, discípulo de Abhedananda, disse que, anos depois de tê-los visto em Himis, o Mestre pediu para vê-los novamente. Foi quando lhe disseram que eles não estavam mais lá, que tinham sido recolhidos não se sabe para onde, por quem ou por quê.
Dos 12 aos 30 anos
Mais recentemente foram publicadas algumas obras paracientíficas que também chamaram a atenção de pesquisadores sérios e que dão novo impulso para se verificar com mais profundidade o que realmente teria acontecido durante o obscuro período de dezoito anos na vida de Jesus. Alguns títulos – como Jesus Vivió y Murió en Cachemira (1976), de Andreas Faber-Kaiser; Jesus in Heaven on Earth, de Al-Haj Khwaja Nacir Ahmad e Jesus Viveu na Índia (Jesus Lebte in Indien, 1983), do teólogo alemão Holger Kersten – não podem ser considerados livros “inspirados”, nem obtidos em “canalizações” e muito menos através de estranhas mensagens celestes.
São estudos empíricos, embasados em ampla bibliografia e pesquisa séria. Eles sugerem que Jesus realmente esteve no Oriente, onde se tornou conhecido como Issa, “um grande profeta”, “Filho de Deus”. Realmente, admitam ou não os cristologistas eruditos, antigos manuscritos orientais realmente falam de um iluminado menino chamado Issa, que teria chegado à região do Indo proveniente de terras distantes. Ele esteve no Pundjabe estudando entre os jainistas e em Jagannath, onde foi instruído por sacerdotes brâmanes.
Aprendeu a ler, tendo estudado a fundo os textos védicos. Após muitos anos em Jagannath, Benares, Rajagriha e outras cidades santas, Issa foi obrigado a fugir, pois estava dando instrução védica às castas inferiores e disseminando que a divisão social por castas não havia sido ordenada por Deus. Os brâmanes, membros da casta mais elevada, não gostaram e passaram a discriminá-lo agressivamente.
Issa partiu então para o Nepal, onde se dedicou ao estudo das escrituras budistas por vários anos. Depois, começou a viajar para o oeste e tornou-se famoso por seu apoio às minorias sociais mais carentes e por denunciar a hipocrisia da classe sacerdotal. Quando chegou à Pérsia, entrou em confronto com os sacerdotes e, mais uma vez, foi expulso. É quando ele se dirige à Palestina e lá deixa claro sua origem a todos que lhe perguntam: “Sou israelita”.
O Significado do nome Jesus Cristo em grego:
X e P letras gregas X=chi e P=rho (com Alpha (α, o princípio) e Ômega (ω o fim) incluídos no símbolo), iniciais em grego do nome Cristo. In Hoc Signo Vinces em latim significa: Sob este sinal Vencerás. Em Grego, Jesus Cristo (Cristo significa Ungido, Messias) escreve-se como Ιησος Χριστος, ou de um modo mais completo, o nome que as primeiras comunidades cristãs Lhe atribuíam em Grego: Ιησος Χριστος Θεου Υιος Σωτηρ, Iesus Christus Theos Uios Soter=Jesus Cristo Salvador Filho de Deus. As Iniciais em grego desta frase ΙΧΘΥΣ (ICHTIUS) significam Peixe em grego.
Não Morreu na Cruz ?
Um aspecto altamente polêmico das pesquisas sobre Issa diz respeito a seu retorno para o norte da Índia, onde era chamado de Yuz ou Yuz Assaf. O já citado teólogo Holger Kersten, que também escreveu os livros O Buda Jesus e A Conspiração Jesus – ambos em parceria com Elmar R. Gruber, baseados em documentos antigos, monumentos, lendas e tradições – acha que Jesus pode ter sobrevivido à crucificação e voltado às terras que percorreu em sua juventude. Na Índia, território onde paracientistas supõem ter acontecido muitas das passagens relembradas na Bíblia, até podem ser localizados os túmulos que, teoricamente, guardam os restos mortais de Moisés e de Jesus.
Em Cachemira, no centro da cidade antiga de Srinagar, em Anzimar, os interessados podem visitar uma construção denominada Rozabal (tumba do profeta) que abriga o túmulo de Issa. Curiosamente, a sepultura está orientada no sentido leste-oeste, conforme o costume judaico, enfraquecendo a hipótese dos descrentes de que o santo seria muçulmano ou hindú.
Uma lápide que decora o túmulo retrata os dois pés do homem santo com uma cicatriz em cada pé. Yuz Assaf, diz a tradição, tinha os estigmas da crucificação à qual ele mesmo contou ter sobrevivido. O profeta viveu na Índia até os 80 anos de idade ou mais. Lá ele se casou e teve filhos. Uma família local, famosa por sua longa linhagem de curadores, possui o esquema de uma árvore genealógica que chega até Yuz Assaf e também acredita que seu ancestral era mesmo Jesus.
No livro Jesus, A Verdade e a Vida, do professor Fida Hassnain, existe referência a uma carta enviada ao autor por Kurt Berna – o pesquisador que chamou a atenção de cientistas e estudiosos do mundo inteiro sobre as impressões de Jesus no Santo Sudário, insistindo que ele não estava morto quando foi envolvido pelo manto. Nessa carta, ele diz que durante a pesquisa científica do Sudário descobriu-se que o pé esquerdo daquela pessoa havia sido preso sobre o direito na cruz, exatamente como o homem enterrado em Srinagar, indicando que ambos são a mesma pessoa: Jesus Cristo.
Não é improvável que o sábio e humilde homem de Nazaré, que tanta gente imaginou ter se elevado aos céus, tenha permanecido por muito mais tempo ao nosso lado trabalhando por aquilo em que acreditava.
Vídeo no Yutube sobre a Tumba de Jesus em Shrinagar, na Caxemira, Índia, produzido pela BBC Research Documentary de Londres pode ser visto a seguir:
Outras Viagens?
Fala-se também que as viagens de Jesus Cristo o teriam levado ainda mais longe do que a Índia e o Tibete. Tomando como base passagens do Evangelho de João, alguns afirmam que Jesus esteve na Grécia, onde chegou atravessando as montanhas Carmel, e depois, por navio. Teria passado por Atenas e se reunido com eruditos gregos num anfiteatro. No entanto, são poucos os que defendem essa versão, uma vez que não foram encontradas evidências dessa viagem.
Fala-se também que Jesus teria acompanhado José de Arimatéia à Grã-Bretanha, até Glastonbury, depois de ter retornado da Índia e Tibete. José de Arimatéia era um rico negociante e tio de Maria, de onde pesquisadores concluíram que ele também seria guardião (Tio avô) de Jesus. Gildas, tido como o primeiro historiador britânico (516-570), escreveu que Jesus esteve na ilha durante o auge do reinado de Tibério, que governou entre 14 e 37 d.C. e teve seu apogeu entre 25 e 27 d.C.
Ainda que essas evidências não sejam suficientes, muitos afirmam que as lendas sobre a presença de Jesus na Grã-Bretanha perduram por dois mil anos. Para grande número de estudiosos, no entanto, é muito difícil identificar sua fonte – elas podem ter surgido durante o avanço do cristianismo pelo mundo, quando cada nação desejava garantir a presença de Cristo em seu território
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